O que é câmbio flutuante? Entenda como ele funciona

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De forma bem resumida, o câmbio flutuante é o preço de uma moeda regional definido pela sua demanda e fluxo de importação e exportação, sem interferência direta do Banco Central daquele país.

Quando o assunto é investimento, muitos termos surgem e seus significados não são tão claros. Taxas, lucro, bolsa de valores, dólar, mercado, economia, capital, prejuízo, empreendedor, organização, câmbio. Você sabe o significado de todas elas?

Se você tem interesse em investimentos ou está começando a aplicar seu dinheiro, existem alguns conceitos primários que precisa compreender. No geral, se tratam de assuntos bem simples, mas cuja má interpretação poderá causar prejuízos. Um destes temas que gera muitas dúvidas é o entendimento sobre o que é câmbio flutuante.

Para lhe ajudar, vamos focar em explicar o câmbio flutuante. Continue sua leitura para entender o que ele é, como funciona e seu impacto na vida do investidor. Vale ainda reforçar que este conteúdo sobre investimento tem caráter apenas informativo para auxiliá-lo na sua busca por conhecimento.

O que é câmbio?

Câmbio é a palavra usada para definir a troca entre duas moedas diferentes. Trocar reais por dólares, por exemplo, é uma destas operações.

O câmbio não se refere somente à troca, mas também aos detalhes que a compõem. As moedas não têm um mesmo valor, de modo que para conseguir um dólar, por exemplo, você precisará utilizar várias unidades do real brasileiro.

No mundo dos negócios, o dólar costuma ser a moeda “padrão” pela qual todas as outras se comparam, inclusive no mercado das moedas virtuais.

Para realizar operações de câmbio, você precisará necessariamente cumprir uma série de regras específicas, dependendo de onde vive. No Brasil, todas as atividades envolvendo troca de moedas são regidas pelo Banco Central.

Quais são os tipos de regimes cambiais?

Como citado antes, operações de câmbio devem obedecer a normas definidas pelos órgãos competentes. Essas normas são chamadas de regimes cambiais, e são elas que ditam como a troca de moedas de diferentes países acontecerá.

Os três regimes possíveis são o fixo, as bandas cambiais e o câmbio flutuante. Antes de irmos para aquele que é o tópico central desse texto, vamos lhe ajudar a entender os dois outros tipos.

O que é câmbio fixo?

No câmbio fixo, como o nome sugere, é definido um valor fixo para uma moeda. Isto é: independente das operações econômicas que ocorram dentro de um país, o valor de troca entre será sempre o mesmo.

O câmbio fixo é normalmente adotado pelos governos para controlar a inflação (a qual causa a desvalorização de uma moeda). Ele é momentaneamente benéfico para quem troca, já que os preços são estáveis, mas vem às custas de um rombo nos cofres públicos.

Isso acontece porque o câmbio fixo só é possível se o governo arcar com a diferença na conta. Por conta disso, esta opção costuma ser adotada temporariamente e não existe como uma solução definitiva na hora de trocar moedas.

Bandas cambiais

No regime de banda cambial, a flutuação do câmbio (isto é, a diferença entre duas moedas) é controlado pelo governo. Ele não é exatamente fixo, como na categoria anterior, mas não ultrapassa um valor máximo e mínimo pré-definidos.

Por sua semelhança com o câmbio fixo, bandas comerciais compartilham algumas de suas vantagens e desvantagens. Ela é boa para investimentos a curto prazo, por sua previsibilidade, mas não funciona se adotada por longos períodos de tempo.

Câmbio flutuante

Por fim, chegamos ao assunto principal deste artigo sobre o que é câmbio flutuante. Este é o tipo mais comum de regime cambial, o qual costuma ser adotado quando a situação econômica de um país está estabilizada. Ele representa o mais próximo valor real de uma moeda, sem intervenções.

Um país que adota essa modalidade tem uma moeda flutuante. No Brasil, esse regime é adotado desde 1999, alguns anos após a implementação do Plano Real. A transição do câmbio fixo para o flutuante não foi fácil, mas esse regime se mantém até hoje.

No câmbio flutuante, os valores de duas moedas em comparação uma com a outra não são definidos por nenhum órgão, mas pelo próprio mercado. Isso acontece por meio das transações econômicas e do quão financeiramente saudável está um país.

Um país em crise econômica, por exemplo, terá a sua moeda desvalorizada. Nesse caso, para a compra de um dólar, será necessário utilizar várias unidades dela. O contrário também é verdade: em uma economia forte, o dinheiro local pode valer até mais do que o dólar.

Apesar dos valores de uma moeda não serem o resultado definitivo da situação econômica de uma nação, eles são poderosos indicadores. Como é regra no mercado, dinheiro desvalorizado terá menos procura, o que fará o seu valor cair ainda mais.

A maior vantagem do câmbio flutuante, para todos os lados, é a sua transparência. Por um lado, ele reflete negativamente na economia de um país em crise. Por outro, oferece uma visão acurada e que permite que investimentos sejam feitos com maior conhecimento.

É muito importante ressaltar, porém, que um câmbio flutuante está sujeito às volatilidades do mercado. Por não estar preso a nenhum limite específico, uma moeda irá valorizar e desvalorizar de um dia para o outro. As diferenças, nesse caso, podem ser altas.

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